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05 julho 2009

ana istaru




Testimonio

Yo,
la que yació
sobre su lomo arqueada en buena lid,
la que bebió entre ahogos
los cálices del semen, pues visto está,
yo soy las fauces de la luz;

la que tornó en sarmiento y crecimiento constante
ese licor profano venido de varón;

la que forjó en umbrosos yacimientos carnales
un cordero de sueño, un pájaro aturdido,
un extracto del ángel donde brillan mis genes;

la que ha mirado
abrirse en abanico su entrepierna,
la que arrancándose del vientre rayos,
peleando con el león de su dolor, girando
como un viaje de centauros por su cuerpo,
he dado a luz;

yo,
quiero testificar:
estoy aquí frente a este ser que tiembla,
el que emana una esencia de gardenias calientes.
Beso sus pies calizos. Reverencio
el desgarrón del oro en su pañal.
En su saliva toco la leche del vacío,
lo que mueve a mis pechos a abrir sus surtidores.
Estoy bajo el embate de la dicha,
doblada por el talle.
Soy otro ser que tiembla, transparente.

Yo,
la del pelambre de loba,
la del anca cobriza y garra restallante,
soy su rehén.

Nadie pretenda quebrantar mi cautiverio.



Testemunho

Eu,
a que jazia
em cima do seu lombo em arco da minha lide,
a que bebeu em afogamentos
os cálices de sémen, claro,
eu sou as fauces da luz;

a que metamorfoseou em sarmento e crescimento constante
esse licor profano vindo de varão;

a que forjou em umbríferos jazimentos carnais
um cordeiro de sonho, um pássaro aturdido,
um extracto de anjo onde brilham os meus genes;

a que viu
abrir-se em leque o seu meio
a que arrancando raios do ventre,
pelejando com o leão da sua dor, rodando
como uma viagem de centauros pelo seu corpo,
deu à luz;

eu,
quero testemunhar:
estou aqui diante deste ser que treme,
emanando uma essência de gardénias quentes.
Beijo os seus pés de cal. Reverencio
o estiramento do ouro no seu casulo.
Na sua saliva toco o leite do vazio,
o que leva os meus peitos a abrir os fornecimentos.
Estou sob o embate da fortuna,
dobrada pela cintura.
Sou outro ser que treme, transparente.

Eu,
a dos cabelos de loba,
a das pernas cobreadas e garra brilhante,
sou sua refém.

Que ninguém pretenda quebrar o meu cativeiro.