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12 maio 2022

ariel spiegler

 

Couchée sur la terre

comme après la lutte,

ce soir j’ai perdu la guerre.


Je ne m’accroche plus, même à l’herbe,

défaite, reddition, ou l’air inattendu,

puisque le mensonge s’arrête.

La nuit lointaine monte,

mais au silence je n’ai pas froid.


Vogue, vogue, ma vie nouvelle,

je suis suffisamment blessée.


Qui est ce vide impitoyable,

rendu libre à l’air du soir ?

Mon âme en voyage,

laisse-moi t’écouter,

même s’il est trop tard.


Un homme admire d’une barque

les oiseaux du ciel et les lys des vallées.


Mon cœur, trop faible pour un coup de trop,

attend le jardinier

qui marche sur l’eau.


Vogue, vogue, ma vie nouvelle,

je suis suffisamment blessée.




Estirada na terra

como depois de uma luta,

esta noite perdi a guerra.


Já não me apego, nem sequer à relva,

derrota, rendição, ou o ar inesperado,

uma vez que a mentira pára.

A noite sobe longe

mas no dilêncio não tenho frio.


Ondula, ondula, minha vida nova,

estou suficientemenre ferida.


Quem é este vazio impiedoso,

libertado para o ar da noite?


Minha alma em viagem,

deixa-me escutar-te

mesmo que seja demasiado tarde.


Um homem admira nuum barco

os pássaros do céu e os lírios dos vales.


O meu coração, demasiado débil para mais um golpe,

espera o jardineiro

que caminha sobre a água.


Ondula, ondula, minha vida nova,

estou suficientemenre ferida.