Mostrar mensagens com a etiqueta jenny bernal. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta jenny bernal. Mostrar todas as mensagens

03 dezembro 2019

jenny bernal


Selfie

Yo, que no tengo senos grandes
ni anchas caderas,
descubrí que el cuerpo es una avenida extranjera
por la que va cómodo el tiempo
y no requiere de grandes extensiones
para atrapar algunas estrellas,

precisa de una ruta clara por la que vayan sin extraviarse los caminantes

Al igual que todos tengo un disfraz
que se estremece ante el frío o el miedo
que se dora con el exceso de día.

Yo, que me tomo una foto cada tres meses
encontré que no tengo planos buenos ni aceptables
y no me importa,
pero tengo los ojos abiertos por si se quedan en las pupilas algunas historias
y así, si se fijan bien, tengo escrito en los ojos
algunas bellezas y tantas palabras enredadas
que atravesarlas también resulta un misterio.

Yo, que poco le creo a los estereotipos también parezco uno
cuando la vela apacigua la llama
y se refleja mi sombra en el espejo del mundo.

Selfie

Eu que não tenho seios grandes
nem ancas largas,
descobri que o corpo é uma avenida estrangeira
pela qual corre confortável o tempo
e não requer grandes extensões
para colher algumas estrelas,

precisa de uma rota clara por onde os caminhantes possam ir sem extravio

Tal como todos tenho um disfarce
que estremece perante o frio ou o medo
que grelha com o excesso de dia.

Eu que me retrato de três em três meses
dei conta que não tenho planos bons nem aceitáveis
e não quero saber,
mas tenho os olhos abertos caso se retenham nas pupilas algumas histórias
e assim, se se fixam bem, tenho escrito nos olhos
algumas belezas e muitas palavras enredadas
cujo atravessamento também resulta em mistério.

Eu, que pouco creio em estereótipos também pareço um
quando a vela apazigua a chama
e reflete a minha sombra no espelho do mundo.