Mostrar mensagens com a etiqueta diana zavala. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta diana zavala. Mostrar todas as mensagens

10 maio 2014

diana zavala



Bruma

Me espera en la esquina de cualquier dirección para que lo vea reír. Su boca deforme y su carcajada silente me alteran, los labios tienen el color de la sangre coagulada y cuando se estiran la saliva se escurre por la barbilla y forma en el piso una laguna que nos refleja. Le he rogado que no lo haga y me responde agitando de izquierda a derecha su cabeza acuosa y gigante. Intento agarrarlo para obligarlo a parar, pero la bruma lo esconde y lo muestra en un juego tortuoso. Él sabe que estoy mal y lo disfruta balanceándose en los trapecios helados de mi conciencia.


Bruma

Está à minha espera numa esquina qualquer para que eu o veja rir. A sua boca disforme e a sua gargalhada silente alteram-me, os lábios têm cor de sangue coagulado e quando se estiram a saliva escorre pela barbicha e desenha no chão um charco que nos reflecte. Roguei-lhe que não fizesse isso e respondeu-me abanando da esquerda para a direita a sua cabeça aquosa e gigante. Tento agarrá-lo para o obrigar a parar, mas a bruma esconde-o e mostra-o num jogo tortuoso. Ele sabe que eu estou mal e goza com isso balanceando-se nos trapézios gelados da minha consciência.