Mostrar mensagens com a etiqueta carla sagulo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta carla sagulo. Mostrar todas as mensagens

07 abril 2016

carla sagulo

Jardinería cero

Un árbol se muere
y nadie lo entierra.
Su único hueso queda ahí
desnudo todo el año.
Le crecen flores abajo
como si alguien las hubiera puesto.

Estas cosas pasan en mi patio.
Las plantas más fuertes sobreviven.
Las miro con cariño
y espero que comprendan
que no estoy para nadie,
tampoco para ellas.

Pero si una planta,
por lo general tranquila,
intenta una noche suicidarse
lanzando al vacío su maceta,
eso no sé cómo tomarlo. Sólo sé
que todo jardín es una herencia;
también este patio en el que llueve.


Jardinagem zero

Uma árvore morre
e ninguém a enterra.
O seu único osso fica ali
despido o ano inteiro.
Crescem-lhe flores em baixo
como se alguém as tivesse lá posto.

Estas coisas passam-se no meu pátio
As plantas mais fortes sobrevivem.
Olho-as com carinho
e espero que compreendam
que não estou para ninguém,
nem mesmo para elas.

Mas se uma planta
geralmente sossegada
tenta uma noite suicidar-se
lançando para o vazio o seu vazo,
não sei como interpretar. Apenas sei
que qualquer jardim é uma herança;
assim este pátio onde chove.