Mostrar mensagens com a etiqueta mónica navarro. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta mónica navarro. Mostrar todas as mensagens

10 maio 2020

mónica navarro


estalla un brote verde claro
erige una batalla mientras la fisura se extiende:
la corteza es lo de menos

cayó la semilla en esta localidad
mal escogida comunión de voces

las definiciones cercando su terreno
obstruyendo la ruta de su avance

las raíces fueron a parar bajo el cemento
de una casa pareada por tres de sus lados
construida en el noventa
en el desdén maquillado
trazado en un papel de servilleta
que rezaba la palabra comunidad

llegué yo veinticinco años después
abrí el ventanal hacia el cielo del ciruelo:
la sombra era lúcida y dejaba ver
aquello que nos estaba permitido

y en eso encontré la herida

en el suelo un accidente;
el estruendo del vidrio cada vez
que intentaba abrirse hacia el afuera
.la rotura paciente de los marcos
el desgaste de las manillas
terminó por clausurar una entrada
donde no había otra


deflagra um surto verde claro
erige uma batalha enquanto a fissura se estende:
a casca é o menos

caiu a semente nesta localidade
mal escolhida comunhão de vozes

as definições a cercar o seu terreno
obstruindo a rota da sua dinâmica

as raízes foram parar abaixo do cimento
de uma casa emparelhada por três dos seus lados
construída nos anos noventa
no desdém maquilhado
desenhado em papel de guardanapo
que rezava a palavra comunidade

cheguei eu vinte e cinco ano depois
abri a janela para o céu da ameixoeira:
a sombra estava lúcida e deixava ver
aquilo que não era permitido

e nisso encontrei a ferida

no chão um acidente;
o estrondo do vidro todas as vezes
que tentava abrir-se para fora
a rotura paciente dos caixilhos
o degaste das maçanetas
acabou por enclausurar uma entrada
onde não havia outra