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06 fevereiro 2023

marian raméntol

 

Frente al monólogo de mis venas


Llevas una nube en la comisura de los ojos

por eso me derramo, a cien pasos de ti,

con la mejilla hablando en voz baja

y la ceguera de mi vientre tomando un baño

en la profundidad del silencio.


Me basta con esperar la luz en el andén,

con el equipaje enloquecido acompañarte

por el aroma antiguo de tus bosques,

apilar crepúsculos de madera,

desnudarme en tus colinas y saber

que las promesas suben por la maldición un blues

para bajar de nuevo hasta tus manos.


No se me ocurre mejor maternidad,

parir despeñaderos dignos de tu estatura,

callar sobre la tierra, pasear por el borde

de mi cama hasta endurecer de frío,

esperarte en todas las caídas hasta que me hagas real

y vomites sobre mí la bendición de tu vuelo,

tu anochecer de sótano, la respiración pequeña

que escondes bajo la manta, y esa sonrisa que se para

de repente frente al monólogo de mis venas.



Diante do monólogo das minhas veias


Levas uma nuvem na comissura dos olhos

por isso me derramo, a cem passos de ti,

com a bochecha falando em voz baixa

e a cegueira do meu ventre tomando um banho

na profundidade do silêncio.


Basta-me esperar a luz no cais,

com a bagagem enlouquecida acompanhr-te

pelo aroma antigo das tuas florestas,

empilhar crepúsculos de madeira,

despir-me nas tuas colinas e saber

que as promessas sobem pela maldição um blues

para descer de novo até ás tuas mãos.


Não me ocorre melhor maternidade,

parir despenhadeiros dignos da tua estatura,

calar sobre a terra, passear pela margem

de minha cama até endurecer de frio,

esperar-te em todas as quedas até me tornares real

e vomitares em mim a bendição do teu voo,

o teu anoitecer de porão, a respiração pequena

que escondes por baixo da manta, e esse sorriso que pára

de repente diante do monólogo de minhas veias.