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25 outubro 2020

alicia salinas


Gallina ciega

Antes de comenzar el juego conoció el fulgor.
Pero le quitaron el brillo, las brasas. Se reveló
entonces la ajenidad de las aureolas: la luz
no es de nadie, la oscuridad
de todos.

No importa quién vendó, de dónde
la recomendación de la tiniebla.
Es hora de (vol) ver.
Esta gallina se rebela a la ceguera, al titubeo.
Otros fuegos se esparcen en la noche.

Doloroso tendal traman los pasos,
y sin embargo a su través se atisba
el final del túnel.

Hoy nadie puede la indiferencia
ante semejante voluntad
de abjurar La Sombra.


Galinha cega

Antes de começar o jogo conheceu o fulgor.
Mas tiraram-lhe o brilho, as brasas. Revelou-se
assim a estranheza das auréolas: a luz
não é de ninguém, a escuridão
é de todos.

Não interessa quem vendou, de onde veio
a recomendação da treva.
É tempo de (vol) ver.
Esta galinha esperneia contra a cegueira, a tibieza.
Outros fogos espargem na noite.

Doloroso estendal tramam os passos,
porém através deles se vislumbra
o fim do túnel.

Hoje ninguém consegue a indiferença
perante semelhante vontade
de abjurar A Sombra.