Mostrar mensagens com a etiqueta remedios varo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta remedios varo. Mostrar todas as mensagens

02 março 2009

remedios varo


Sueño
 
Estoy lavado una gatita rubia en el lavabo de algún hotel, pero no es cierto, parece más bien que es Leonora, que lleva un abrigo amplio y que necesita ser lavado. La rocío con un poco de agua de jabón y sigo lavando la gatita, pero muy perpleja y turbada, porque no estoy segura de a quién estoy bañando. Alguien, alguna de las dos, me dice que el señor Gamboa se acaba de ir a Bruselas y que antes de salir me ha enviado un telegrama certificado, ordenándome pintar en color tórtola la fachada de su casa. Me entra una angustia mortal y en ese momento tocan a la puerta. Voy a abrir y veo un personaje embozado en una capa oscura y con un sombrero de paja veraniego. Me dice que viene de parte de la señora Amarilla. ¡Claro!, entiendo inmediatamente que el amarillo como fuerza conciliatoria y determinante me es muy favorable. Le hago entrar y me parece algo peludo, a la manera no natural de un actor de teatro. La gata-Leonora ha desaparecido. Yo siento un terror súbito: ahora voy a saber algo que mejor ignorase. Este hombre misterioso me lo va  a decir. Efectivamente, se sienta y empieza a quitarse el disfraz, el sombrero, el exceso de pelos, barbas, etcétera, y entonces reconozco a Juan. Él se ríe mucho y me dice: “Quelle bonne farce! Vine para advertirte de algo”. Entonces, yo me puse a llorar desconsolada, porque comprendí enseguida lo que significaba algo. También sentí un terror muy grande, y lloré y me desperté. Ahora no sé ya qué quería decir algo (dos de la mañana) y estoy pensando y pensando y no me puedo acordar qué era. En mí todo está seguramente muy mal, si yo imagino que Juan entra, ahora, en este lugar común y corriente, sin gatas rubias ni nada, no abría cómo decirle que he comprendido, porque en realidad he olvidado, sólo que sé que no me parce enteramente él, más bien una…
 
 
 
 
Sonho
 
Estou a lavar uma gatinha loira na casa de banho de um hotel, mas não é assim, parece mais que é Leonora, que anda com um casaco comprido que precisa ser lavado. Borrifo-a com um pouco de água e sabão e continuo a lavar a gatinha, mas muito perplexa e perturbada, porque não tenho certeza a quem estou a dar banho. Alguém, uma das duas, diz-me que o senhor Gamboa acabou de ir para Bruxelas e que antes de partir me enviou um telegrama certificado, ordenando-me pintar com cor parda a fachada da sua casa. Entra-me uma angústia mortal e, nesse momento, batem à  porta. Vou abrir e vejo uma personagem embuçada numa capa escura e com um chapéu de palha veranil.Diz-me que vem da parte da senhora Amarela. Claro!, compreendo  imediatamente  que o amarelo como força conciliadora e determinante me é muito favorável. Digo-lhe para entrar e parece-me um pouco peludo, à maneira não natural de um ator de teatro. A gata-Leonora desapareceu. Sinto um terror repentino: agora vou saber algo que seria melhor ignorar. Este homem misterioso vai mo dizer. De facto, senta-se e começa a tirar o disfarce, o chapéu, o excesso de pelos, barbas, etc., e então reconheço o Juan. Ele ri-se muito e diz-me: "Quelle bonne farce! Vim avisar-te de uma coisa". Então,  desatei a chorar de tristeza, porque percebi imediatamente o que significava uma coisa. Também senti um grande terror, e chorei e acordei. Agora já não sei o que queria dizer uma coisa (duas da manhã) e estou a pensar e pensar e não consigo lembrar-me do que era. Em mim tudo está certamente muito mal, se imagino que Juan entra agora neste lugar comum e corrente, sem gatas loiras nem nada, não saberia como lhe dizer-lhe que compreendi, porque na realidade esqueci-me, só sei que não me parece inteiramente ele, mas antes uma...