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29 junho 2023

maría paulina bríones

 
DOCUMENTAR EL SILENCIO
 
Se dice tanto y es tan poco cantar 
los sonidos que se emiten no llegan a los oídos porque la sordera no tiene que ver con la escucha 
sino con el profundo deseo de ver así se conecta la mirada y el oído a través de una guirnalda que
corto y recorto según mi humor
y mi tiempo tan vilipendiado
ese decir mi tiempo
como un duelo y un gato que caminan estratégicos para cazar una indefensa salamanquesa diosa 
natural que trepa por las paredes y las noches y ulula casi como búho mínimo
el viento que trae el ruido ajeno de las hojas de los árboles de las olas de los resquicios todos de 
los objetos que ocupan un lugar en el espacio
y ese espacio iluminado por un aluna desmesurada ese vacío ese vórtice de una eternidad que 
duerme para siempre el sueño
el mundo descomponiéndose lanzando los dardos venenosos
una película muda un mundo que no necesita las palabras ¿qué es? un prado de rosas 
las espinas brillantes anhelantes
pronto empezará la cosecha y decapitaremos todas esas flores inútiles porque el hambre es una 
extorsión del propio cuerpo.
 
 
 
DOCUMENTAR O SILÊNCIO
 
Diz-se tanto e é tão pouco cantar 
os sons que se emitem não chegam aos ouvidos porque a surdez não tem a ver com a escuta 
mas com o profundo desejo de ver assim se conecta o olhar e o ouvido através de uma grinalda que
corto e recorto segundo meu humor
e meu tempo tão vilipendiado
esse dizer o meu tempo
como um duelo e um gato que caminham estratégicos para caçar uma indefesa salamandra deusa 
natural que sobe paredes e noites e ulula quase como coruja mínima
o vento que traz o ruído alheio das folhas das árvores das ondas dos resquícios todos dos
objetos que ocupam um lugar no espaço
e esse espaço iluminado por um Aluna desmesurada esse vazio esse vórtice de uma eternidade que 
dorme para sempre o sonho
o vento que traz o ruído alheio das folhas das árvores das ondas dos resquícios todos de 
os objetos que ocupam um lugar no espaço
e esse espaço iluminado por um aluna desmesurada esse vazio esse vórtice de uma eternidade que 
dorme para sempre o sonho
o mundo em decomposição lançando dardos venenosos
um filme mudo um mundo que não precisa das palavras o que é? um prado de rosas 
os espinhos brilhantes anelantes
logo começará a colheita e decapitaremos todas essas flores inúteis porque a fome é uma 
extorsão do próprio corpo.