Mostrar mensagens com a etiqueta almudena vega. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta almudena vega. Mostrar todas as mensagens

25 julho 2014

almudena vega



Era todo lo frágil

Llevaba el pelo recogido con huesos de pájaro.
Señor, no llevaba vestido ni lazos
porque era un animal de vidrio.
Su collar era una arteria que goteaba,
era todo lo frágil, señor, sus manos
eran la levedad de la hoja. Sus zapatos eran
cortezas de abedules. Llevaba algo muerto entre sus 
brazos cuando me dijo:

Soy un mausoleo de mí misma.


Estava em total frágil

Trazia os cabelos apanhados com ossos de pássaro.
Senhor, não andava com vestido nem laços
porque era um animal de vidro.
O seu colar era uma artéria que gotejava,
era a totalidade do frágil, senhor, as suas mãos
eram a leveza da folha. Os seus sapatos eram
cascas de bétulas. Trazia qualquer coisa morta entre os seus
braços quando me disse:

Sou um mausoléu de mim mesma.