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25 outubro 2016

emma villazón

Matutina
con juan ramírez en el oído

desde temprano los barcos semidormidos zarpan
los sembradíos son mares donde no todos ingresan
y gorras contra la rabia del sol caballos para aligerar
se ofrecen como promesas de comida sin gusanos

una mano fuerza para tener todos los “aquí” apretados
organizados más o menos programados en turnos de bujías
una mano astuta escribe un manual para que todos los “aquí”
sigan un camino pero de ese camino “aquí” hay que se hurtan

estando en él se sueltan de él: “yo p. e. iba por este camino-
y el camino se salió de mis pies” (J.R.) y el camino voló por su frente

penetra este tiempo vibra - la voz vibra y clavetea palabras
como deseando cazar unos apuros de ceniza y volarlos


Matutina
com juan ramírez no ouvido

desde cedo os barcos semi-adormecidos zarpam
os semeadouros são mares onde nem todos ingressam
e gorros contra a raiva do sol cavalos para domesticar
oferecem-se como promessas de comida sem vermes

uma mão força para ter todos “aqui” apertados
organizados mais ou menos programados em turnos de bugias
uma mão astuta escreve um manual para que todos os “aqui”
sigam um caminho mas desse caminho “aqui” se furtam

estando nele, dele se soltam: “eu, por exemplo, ia por esse caminho -
e o caminho saiu dos meus pés” (JR) e o caminho voou à sua frente

penetra este tempo vibra – a voz vibra e grampeia
como se desejasse caçar uns apuros de cinza e voá-los.