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25 novembro 2021

imane azmy

 

Folie (extrait 4)


Les étoiles sont de plomb

Elles embrasent mes yeux

Brouillés de terre

De la poussière s’échappe

De sous nos pieds de marbre


Dans le creux de mes mains

La rame brisée du départ

Mes étoiles fragiles

Balaient le sol radieux

En oblique


Dans le creux de mes mains

Tout l’airain de ma joie secrète

Ma traversée

Sur le radeau de fortune

Tressé, rapiécé

Que des doigts affolés

Ont cousu

Désormais nous sommes le mât

De ce voyage désorienté




Loucura (extrato 4)


As estrelas são de chumbo

Queimam-me os olhos

Transtornados de terra

A poeira escapa-se

Debaixo dos nossos pés de mármore


No côncavo das minhas mãos

O remo partido da partida

As minhas estrelas frágeis

Varrem o chão radiante

Em oblíquo


No côncavo das minhas mãos

Todo o bronze da minha alegria secreta

Minha travessia

Na jangada do destino

Entrançada, remendada

Que dedos aflitos

Costuraram

A partir de agora somos o mastro

Desta viagem desorientada