Folie (extrait 4)
Les étoiles sont de plomb
Elles embrasent mes yeux
Brouillés de terre
De la poussière s’échappe
De sous nos pieds de marbre
Dans le creux de mes mains
La rame brisée du départ
Mes étoiles fragiles
Balaient le sol radieux
En oblique
Dans le creux de mes mains
Tout l’airain de ma joie secrète
Ma traversée
Sur le radeau de fortune
Tressé, rapiécé
Que des doigts affolés
Ont cousu
Désormais nous sommes le mât
De ce voyage désorienté
Loucura (extrato 4)
As estrelas são de chumbo
Queimam-me os olhos
Transtornados de terra
A poeira escapa-se
Debaixo dos nossos pés de mármore
No côncavo das minhas mãos
O remo partido da partida
As minhas estrelas frágeis
Varrem o chão radiante
Em oblíquo
No côncavo das minhas mãos
Todo o bronze da minha alegria secreta
Minha travessia
Na jangada do destino
Entrançada, remendada
Que dedos aflitos
Costuraram
A partir de agora somos o mastro
Desta viagem desorientada