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03 julho 2009

gloria martinez vicente



De aquellos días conservo
una vasija de palabras consumidas,
olor de barro ajado sudando
ruidos de un pasado prófugo

(busco tras su eco urgente la justificación de tu existencia)

La voz helada de esas noches
me persigue en forma de nubes,
amarillas por el hierro de tus manos,
lluvia férrea tatuada en mi
memoria púrpura

(metales acuáticos, látigos de viento y tu voz oxidada en medio)

Ahora la mañana bebe
de la cuenca de mis ojos, se cuela
por mi pelo empapado, me cura
de ti y de tu risa cóncava

(lloro por asesinar tus palabras y no poder hallarte en el fango)


Desses dias conservo
uma vasilha de palavras consumidas,
cheiro a barro estertorado suando
ruídos de um pássaro prófugo

(procuro nas traseiras do seu eco urgente a justificação da tua existência)

A voz gelada da noite
persegue-me em molde bretémico
em amarelo pelo ferro das tuas mãos,
chuva férrea tatuada em mim
memória púrpura

(metais aquáticos, chicotadas de vento e a tua voz oxidada no meio)

Agora a manhã bebe
da órbita dos meus olhos, cola-se
nos meus cabelos empapados, cura-me
de ti e do teu riso côncavo

(choro por assassinar as tuas palavras e não te conseguir encontrar na lama)