Mostrar mensagens com a etiqueta caitlyn siehl. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta caitlyn siehl. Mostrar todas as mensagens

31 dezembro 2017

caitlyn siehl

 STRETCH MARKS

I learned how to be big by accident.
I was 10 and I didn’t look like the other girls.
I was 10 and it was too late to turn back.
The kids had already learned how to
wield the knives under their tongues
so I kept quiet when they spat.
I stayed soft and I forgave.

The first few popped up on my inner thight
when I turned fourteen, splaying out like
white trees on smooth skin.

When I told my friends, they did not look proud.
I learned how to be big by accident.

A patch reached across my hips when I turned 16 and
the white rivers opened up into a delta on my calves.
I was a landscape.
I was art.

I kept growing and they kept coming like refugees
from some falling country.
“Give me your tired, your poor.”

I am a city of sounds.
I will keep you safe.

I know I am supposed to feel ugly.
They all tell me that no woman
should look so well-traveled,
but they do not know.

I am earth. I am sun and skies.
I am the high road, the low road.
I am every poem about skin.
I am a world that cannot be explored in one day.
I am not a place for cowards.


Estrias

Aprendi a ser adulta por acidente.
Tinha dez anos e não me parecia com as outras meninas.
Tinha dez anos e era demasiado tarde para voltar atrás.
Os miúdos já tinham aprendido a
colocar as facas debaixo das suas línguas
assim calei-me quando cuspiram
Permaneci calma e perdoei.

As primeiras apareceram na parte interna da minha coxa
quando fiz catorze anos, estendendo-se como
árvores brancas sobre suave pele.

Quando disse aos meus amigos, eles não pareceram ficar orgulhosos.
Aprendi a ser adulta por acidente.

Uma mancha estendeu-se pelas minhas ancas quando fiz 16 anos e
os rios brancos se abriram até um delta nas minhas pernas.
Eu era uma paisagem.
Eu era arte.

Continuei a crescer e continuaram a vir como refugiadas
de algum país em queda.
Dai-me os vossos cansados, os vossos pobres”

Sou uma cidade de sons
Manter-vos-ei em segurança.
Sei que se supõe que deveria sentir-me feia.
Todos me dizem que nenhuma mulher
devia parecer tão vivida,
mas eles não sabem.

Sou a terra. Sou o sol e os céus.
Sou o caminho alto, o caminho baixo.
Sou todos os poemas na pele.
Sou um mundo que não pode ser explorado num dia.
Não sou um lugar para cobardes.