Mostrar mensagens com a etiqueta cecília quilez. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta cecília quilez. Mostrar todas as mensagens

16 fevereiro 2011

cecília quilez


Esta dulce mentira siempre hambrienta
no me da nada a cambio.
Cierro los ojos.
Salgo sin manzana y sin agua a la vida
cómo un tránsito obligado.
Mi perro entiende mejor esto.
Paseo por la misma calle cada mañana
y veo un ciego caminando muy deprisa.
Tengo los ojos abiertos y el dolor acude a ellos.
Las lágrimas caen sumisas en el pavimento.
Hay un charco de preguntas.
Mi perro orina en él,
entiende que eso es la vida.
Cierro los ojos.
Aún busco algo de caridad en la belleza,
busco en la inquietud anegada por el hambre.
Hoy el ciego camina más lento y roza mis párpados:
Ha dejado caer una manzana.


Esta doce mentira sempre faminta
nada me dá em troca.
Fecho os olhos.
Saio sem maçã e sem água para a vida
como trânsito obrigatório.
O meu cão percebe melhor estas coisas
Passeio na mesma rua todas as manhãs
e vejo um cego caminhando muito depressa.
Tenho os olhos abertos e a dor assola-os.
As lágrimas caem submissas no pavimento
Há um charco de perguntas.
O meu cão urina nele,
compreende que isso é a vida.
Fecho os olhos.
Ainda procuro alguma caridade na beleza
procuro na inquietude encharcada pela fome.
Hoje o cego caminha mais devagar e roça as minhas pálpebras:
Deixou cair uma maçã