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29 janeiro 2020

guillermina sartor


Zumbido (eco de una semejanza)

Paso el umbral de las dos de la mañana
portada estricta entre el cansancio y la extinción

miro las horas espaciarse lento
-el gusto inefable del tiempo que más dura-

y el tumulto de posibles se parece a la espera:
puede ser tanto como elijamos quedarnos
sin hacer nada

dejo la luz mínima encendida
para ver si así logro observar lo necesario

el margen de las cosas me parece demasiado

cubro la portátil con un pañuelo blanco
-como el agua helada de una catarata-:
permanecen solo los mosquitos que la rodean
afiebrados por la sed de asegurarse vivos

señal de que aparecer es un intento iluso
de convertirse en la luz que reconoce
la búsqueda de mantenerse advertidos
por lo que resta de aliento.


Zumbido (eco de uma semelhança)

Atravesso o umbral das duas da manhã
capa estrita entre o cansaço e a extinção

vejo as horas escoarem-se lentamente
- o gosto inefável do tempo que mais dura -

e o tumulto de possíveis parece-se com a espera :
pode ser tanto quanto escolhermos ficar
sem fazer nada

deixo a luz de presença acesa
para ver se assim consigo observar o necessário

a margem das coisas parece-me demasiada

cubro o portátil com um pano branco
- como a água gelada de uma catarata - :
permanecem apenas os mosquitos que volteiam
febris da sede de se assegurarem vivos

sinal de que aparecer é uma tentativa ilusória
de se converter na luz que reconhece
a procura de se manterem advertidos
só que resta de alento.