Mostrar mensagens com a etiqueta verónica aranda. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta verónica aranda. Mostrar todas as mensagens

14 março 2017

verónica aranda

XV

Una mujer está asando batatas
con los rescoldos de la lumbre.
Por su pelo aceitado caen acordes de sitar.
Cada pliegue del sari con que cubre su vientre
anuncia la matriz, la reclusión.

Se puede confundir el tintineo de ajorcas
con el de la llovizna.
Canta y en cada nota la quietud
converge en la tahona que olía a albaricoques.
Canta y fragmenta vértice o frontera.

La noche es una herida de colmillos de mono
que empieza a supurar.


XV

Está uma mulher a assar batatas
no borralho do lume.
Pelo seu cabelo oleado escorrem acordes de sitar.
Cada prega do sari com que cobre o ventre
anuncia a matriz, a reclusão.

Pode-se confundir o tilintar de guizos
com o do chuvisco.
Canta e em cada nota a quietude
converge na padaria que cheirava a damascos.
Canta e fragmenta vértice ou fronteira.

A noite é uma ferida de dentes de macaco

que começa a supurar.