14 março 2022

andrea abello

 

voces


larga corre la espina

que fluye de tu nombre al mío,

aquello que zumba

entre flores de metal

o que ladra

como todas las horas

de todos los espejos.


lo que eres no se reduce a mis ojos.

hablas como la rama despellejada

de un sauce,

o como un murmullo de polen

que nunca grita

y nunca deja respirar.




vozes


longo corre o espinho

que flui do teu nome para o meu,

aquilo que zune

entre flores de metal

ou que ladra

como todas as horas

de todos os espelhos.


O que és não se reduz aos meus olhos.

falas como um ramo desfolhado

de um salgueiro,

ou como um murmúrio de pólen

que nunca grita

e nunca deixa respirar.