16 fevereiro 2022

liliana cadavid

 

Mi vacío

 

Esta soy… abordada por los sueños camino.

Mi dolor es un vaso de licor en la noche.

Mi vacío es un pájaro en el cielo cayéndose.

Mi alegría es un castillo que yo misma construyo

que yo misma destruyo cuando ya no le quiero.

Mi palabra es un trueno o un abrazo de pájaro.

Mi canción es un irse de aguas tristes y verdes.

Esta soy; cualquier perro que le ladra a la noche.

Un noctámbulo ciego que camina entre el humo.

Un vino oscuro que golpea la sangre…

Una promesa que jamás se cumple

una bohemia que pretende el aire…

Un águila sin ojos… una estrella…

una gaviota blanca que se entrega.


 

O meu vazio

 

Esta sou... abordada pelos sonhos caminho.

A minha dor é um copo de licor à noite.

O meu vazio é um pássaro caindo no céu.

A minha alegria é um castelo que eu própria construo

que eu própria destruo quando já não o quero.

A minha palavra é um trovão ou um abraço de pássaro.

A minha canção é uma partir de águas tristes e verdes.

Esta sou; um qualquer cão que ladra à noite.

Um noctâmbulo cego que caminha entre o fumo.

Um vinho escuro que golpeia o sangue...

Uma promessa que nunca se cumpre

uma boémia que pretende o ar...

Uma águia sem olhos... uma estrela...

uma gaivota branca que se entrega.