29 janeiro 2022

noée maire


Je choisis l’absence, la fenêtre.

Je prends soin.

Je fourbis mes faiblesses quand

l’herbe drue, la terre dure

s’illuminent et se retirent

n’invitent personne.


S’allonger ventre en contact

où je ne laisserai pas d’empreinte.

Que mes yeux s’écoulent aux collines

aux nuages rapides

que mes paumes s’écorchent aux racines.



Escolho a ausência, a janela.

Estou a tratar disso.

Restauro as minhas fraquezas quando

a erva viçosa, a terra dura

se iluminam e se retiram

não convidam ninguém.


Deitar de barriga para baixo

onde não deixarei marca.

Que os meus olhos se escoem nas colinas

nas nuvens rápidas

as minhas palmas esfolam-se nas raízes.