21 março 2022

caitriona o’reilly

 

Suicides

 

They ask: the world gives them a stone,

revolving until the greater part of her is in darkness.

 

Out among the night-stations the signals falter,

the mechanism of the cell winds down.

 

We can do nothing now but watch, watch and wait,

leaving them to the winds, the drag of the tides,

 

who lately were apt to brood upon themselves and hatch

a rope, a hook, a chair, a bell, a solicitude:

 

rarely a kindness. To themselves they were least kind.

Like us, they were unable to believe

 

the frequencies of light concerned them:

they followed the logic of the particle down

 

to the sea floor, literalists who found a solution.

In this silence, in this immeasurable interval

 

between systole and dawn, we ask:

she gives us the snowdrop’s sidereal pallor.

 

 

Suicidas

 

Pedem : o mundo dá-lhes uma pedra

que rebola até a sua maior parte ficar na escuridão.

 

Lá fora entre as estações noturnas os sinais vacilam,

o mecanismo da célula fica sem energia.

 

Nada podemos fazer exceto observar, observar e esperar,

deixando-os ao vento, à corrente das marés,

 

quais, que ultimamente tendiam a ruminar sobre si mesmos e a eclodir

numa corda, um gancho, uma cadeira, um sino, um pedido:

 

dificilmente uma cortesia. Com eles próprios foram os menos gentis.

Tal como nós, incapazes de acreditar.

 

que as frequências da luz lhes diziam respeito:

seguiram a lógica da partícula na profundeza

 

do fundo do mar, literalistas que encontraram uma solução.

neste silêncio, neste intervalo incomensurável

 

entre a sístole e o amanhecer, pedimos:

Ela dá-nos a palidez sideral das folerpas.