18 janeiro 2022

patricia colchado

 

Cordón umbilical


Todavía me tienta la muerte,

me tiende a diario sus manos,

cual rojas mariposas forcejeando

en la debilidad de mis huesos.

Mas este niño es mi cordón umbilical

que me ata a la vida.

Él, a pesar de su tristeza me ayuda a respirar,

me ayuda a extender las manos;

compartimos las migajas de un pan negro

que sabe a cielo dulce.

Nuestro pasado es una herida

que el viento sopla furioso.

Somos de arcilla, adquirimos una nueva forma

según la mirada del otro.

Él grita, yo grito,

este niño es mi eco huérfano y miedoso.



Cordão umbilical


Ainda me tenta a morte,

estende-me todos os dias as mãos,

como borboletas vermelhas em sarrafusca

na debilidade dos meus ossos.


Mas esta menino é o meu cordão umbilical

que me prende à vida.

Ele, apesar da sua tristeza ajuda-me a respirar,

ajuda-me a estender as mãos;

compartilhamos as migalhas de um pão preto

que sabe a céu doce.


O nosso passado é uma ferida

que o vento sopra furioso.

Somos de argila, adquirimos uma nova forma

segundo o olhar do outro.


Ele grita, eu grito,

Este menino é o meu eco órfão e medroso.