Mettre au jour. Je plonge, j’arrache
avec mes ongles, là, à l’intérieur. Et pour finir, pour cette fin-là. Voilà la
question que je n’ai pas encore pu tuer ; ces doutes du matin qui seront là,
encore après, parce que, malgré tout, je n’ai fait qu’essayer. Une tentative si
humble, que je dois encore me demander l’aumône de cette opération quotidienne,
pour continuer à vivre. Non, ce n’est pas fini. Il faut entendre encore,
entendre la voix, les questions, s’encourager, se protéger, aussi se débattre
pour aller jusqu’au bout, avec cette immense lâcheté de préférer les mots, leur
édifice, au petit geste, inconcevable, que je n’arrive pas encore à faire. Ne
pas glisser pour l’instant, se retenir encore jusqu’au choix, ou plutôt refuser
ce choix, cette possibilité. Du mal, avec du mal. je marche en trébuchant, et
la pièce toute noire ne se désemplit pas encore de l’écho incessant de mes pas
— mes pieds incertains, qui cherchent, cherchent dans le sable, lentement, la
fin.
Actualizar.
Mergulho. Arranho aí, nesse interno, com as minhas unhas. Para exterminar, com esse
objectivo. Eis a questão que ainda não consegui exterminar; estas dúvidas
matinais que se manterão porque, seja lá o que caia, limito-me ao ensaio. Uma
tentativa tão humilde que me obriga a esta operação de esmola para continuar a
viver. Não, não acabou. É preciso ainda ouvir a voz, as perguntas, animar-se,
proteger-se, debater-se também para ir ao fundo, com essa imensa cobardia de
preferir as palavras, o seu edifício, o pequeno gesto, inconcebível, que ainda
não consegui realizar. Não deslizar pelo instante, manter-se ainda até à opção,
ou ainda recusar a opção, essa possibilidade. Ao mal com o mal, ando aos
tropeços, e a parte completamente negra não esvazia ainda o eco incessante dos
meus passos – os meus pés incertos que procuram na areia, lentamente, o fim.