Guayaba
Muerdo
Sí, muerdo a bocanadas de embeleso
Viajo a la semilla del bosque idílico
(olor a retoño)
Turbidez de sensaciones a vuelo lento
(olor a viento)
Purpurea mi piel enhiesta
sobre el hosco tronco
nos convertimos en retoño de auroras libertinas
enterramos la simiente
deshojamos la cáscara carcomida por el destiempo
Tomo el fruto prohibido a bocanadas
a ritmo lento
Olfateo cada semilla con la orilla del olvido
despierta la inquietud
Enjugo mi paso con el néctar de su savia
Desembocamos en la noche perturbada
Volcamos frutos en abierta andanada
riego mis latitudes
Destrono la montaña del olvido del cuerpo
como substancia primaria del ensueño
Destierro en mitades el fruto prohibido
Muerdo
Sí, muerdo a bocanadas de embeleso
Goiaba
Mordo
Sim, mordo em sofreguidão de enlevo
Viajo para a semente do bosque idílico
(cheiro a rebento)
Turbidez de sensações em voo lento
(cheiro a vento)
Purpureia a minha pele eriçada
sobre o rude tronco
convertemo-nos em rebento de auroras libertinas
enterramos a semente
removemos a casca pelo tempo que já não está
Pego no fruto proibido abocanhando-o
em ritmo lento
Cheiro cada semente com a margem do esquecimento
desperta a inquietação
Enxugo o meu andar com o néctar de sua seiva
Desembocamos na noite perturbada
Lançamos frutos em aberta afronta
irrigo as minhas latitudes
Destrono a montanha do esquecimento do corpo
como substância primária do sonho
Desterro em metades o fruto proibido
Mordo
Sim, mordo em sofreguidão de enlevo