22 setembro 2023

gudrun palomino

 
LA TARDE EN LA QUE LA LLUVIA DESHIZO
PROMESAS
 
Abracé los ojos de mi madre
cuando la vi llorar por primera vez.
Afuera llovía
y se deshacía la promesa
que sus labios habían firmado:
ya nada nos hará daño.
 
Mis manos,
en vez de sujetar las suyas,
se deshicieron con las paredes de la casa.
 
 

 
 
 
A TARDE EM QUE A CHUVA DESFEZ
PROMESSAS
 
Abracei os olhos da minha mãe
quando a vi chorar pela primeira vez.
Lá fora chovia
e desfazia-se a promessa
que os seus lábios tinham assinado:
já nada nos fará mal.
 
As minhas mãos,
em vez de segurar as suas,
desfizeram-se com as paredes da casa.