12 julho 2021

gaia ginevra giorgi

 sentiero cinque torri


avevo il respiro ingrossato

spezzato

mentre risalivamo il sentiero di pini odorosi

tra il bosco e l’ombra

che seguiva il tuo passo

di guerriero – di fuggiasco


ogni pausa s’imprimeva

nel limo dolce come nella memoria

cristallizzate le viole e ogni gemito


tra il sudore – il sale

ed il sole

tra l’incanto e la disperazione


con la schiena spenta nel fango

e con la bocca calda e bagnata

spalancata al cielo ispido d’estate


pregavo che la crosta del monte

cedesse al mio peso

e mi trattenesse da lì a sempre

ma tu avevi la quiete dei vetri

in testa la quiete che sale

dopo un gran piangere


se si faceva attenzione

dall’alto si poteva osservare

la schiuma d’ogni onda

covata dalla roccia


il rintocco delle campane

dalla cima turchese

scendeva sui nostri corpi

come una sentenza




trilha cinco torres


estava meu sopro em arquejo 

quebrado

enquanto caminhávamos pelo trilho de pinheiros cheirosos

entre a floresta e a sombra

que acompanhava os teus passos

de guerreiro – de fugitivo


cada pausa ficou inscrita

no lodo doce tal como na memória

cristalizadas as violetas e todos os gemidos


entre o suor – o sal

e o sol

entre o encantamento e o desespero


com as costas extintas na lama

e com a boca quente e molhada

escancarada para o céu espesso do verão 


supliquei que a crosta da montanha

cedesse ao meu peso

e me mantivesse ali para sempre

mas tu tinhas a impassibilidade do vidro

na cabeça a serenidade que se ergue

a seguir a um grande choro


estando com atenção

do alto era possível observar

a espuma de cada onda

aninhada pela rocha


o toque dos sinos

do cume de turquesa

descia sobre os nossos corpos

como uma sentença