04 janeiro 2015

lucía santillán



Juguemos a que soy
lo que siempre desearon en el error
tus verbos

muero mi sexo
lo velaré detrás
de tus ojos
y que tu edad lo entierre

un poema no editado después
seré lejos del abandono
de los hombres con hijas sedientas
entre los libros
y los ojos en el mar

Hola
abrí la boca
soy tu padre
acabaré tus voces
lo desclavaré de tu pecho

ahora
hay un hombre solo
exiliando tus temporales


Brinquemos a que eu seja
o que no erro desejaram
os teus verbos

morro o meu sexo
velá-lo-ei por trás
dos teus olhos
e que a tua idade o enterre

um poema não editado depois
estarei longe do abandono
dos homens com filhas sedentas
entre os livros
e os olhos no mar

Olá
abri a boca
sou o teu pai
acabarei as tuas vozes
descravá-lo-ei do teu peito

agora
há um homem só
exilando os teus temporais