14 janeiro 2007

miriam elim

imprecación



Me quedaré sola. No huyo este dardo!
Como que mi carne sale del temblor
del sollozo largo, que deja en los labios
la palabra buena o la imprecación.

He de darlo todo: La vida lo quiere!
como da en Otoño el árbol sus hojas;
más queda esperando que en la Primavera
serán su aguinaldo flores olorosas.

Yo no espero nada e he de darlo todo:
lo que era dulzura y era claridad.
doy mi oro de Otoño, me abrazo al Invierno;
no habrá Primavera, ni Estío vendrá.

He de darlo todo! Me duele... me duele
entregar así mi parte de amor.
La palabra buena huirá de mis labios;
será mi sollozo una imprecación.


imprecação


Ficarei sozinha. Não fujo deste dardo!
Como que a minha carne sai do tremor
do soluço grande, que deixa nos lábios
a palavra boa ou a imprecação.

Hei-de dar tudo: A vida o quer!
como dá no Outono a árvore as suas folhas;
mas fica à espera que na Primavera
serão sua grinalda flores olorosas.

Eu não espero nada e hei-de dar tudo:
o que era doçura e era claridade.
dou o meu ouro de Outono, abraço-me ao Inverno;
não haverá Primavera, nem o Estio virá.

Hei-de dar tudo! Dói-me... dói-me
entregar assim a minha parte de amor.
A palavra boa fugirá dos meus lábios;
será o meu soluço uma imprecação.