02 julho 2022

mary karr

 

Sinners Welcome


I opened up my shirt to show this man

the flaming heart he lit in me, and I was scooped up

like a lamb and carried to the dim warm.

I who should have been kneeling

was knelt to by one whose face

should be emblazoned on every coin and diadem:

no bare-chested boy, but Ulysses

with arms thick from the hard-hauled ropes.

He’d sailed past the clay gods

and the singing girls who might have made of him

a swine. That the world could arrive at me

with him in it, after so much longing—

impossible. He enters me and joy

sprouts from us as from a split seed.




Bem-vindos pecadores


Abri a blusa para mostrar a este homem

o coração ardente que acendeu em mim, fui erguida

como um cordeiro e levaram-me ao diminuto calor.

Diante de mim que devia estar ajoelhada

ajoelhou-se alguém cujo rosto

deveria ser brasão em todas as moedas e diademas:


nenhum jovem de peito descoberto, antes Ulisses

com os braços firmes de tanto puxar cordas.

Navegou para além dos deuses de barro

e das raparigas cantoras que teriam feito dele

um porco. Que o mundo possa chegar até mim

com ele, depois de tanto ansiar -

impossível. Ele entra em mim e o gozo

brota dos dois como de uma semente aberta.