18 dezembro 2019

rita pacilio


Bisogna distendersi fronte a terra e annusare
l’esalazione dell’esistenza intera
poi metterci di lato per dissotterrare l’infinito
quel paesaggio troncato nel pendio
addentarne la caduta.
Bisogna fissare l’ago della bilancia
la luce dei papaveri allungata contro l’oscurità
imparando a trattenere il mondo
sotto le scarpe.


Temos que nos deitar no chão e sentir o cheiro
da exalação da existência toda
depois por-mo-nos de lado para desenterrar o infinito
essa paisagem truncada na encosta
paisagem infinita e truncada na encosta e
morder a queda.
Precisamos fixar a agulha da balança
a luz das papoilas estendida contra a escuridão
aprendendo a suster o mundo
na sola dos sapatos.