13 maio 2019

virginia navalón


Cielo, no quieras protegerme,
no cubras hoy de azul mi exaltación,
que quiero hundirme arriba, dentro
del vacío, en la verdad
sin muerte y sin infancia
del ahora.

Protege a los más débiles,
no a mí,
que hoy puedo ver más allá
y agradecer mi nada.

Céu, não me queiras proteger
não cubras hoje de azul a minha exaltação
que eu quero fundir-me acima, dentro
do vazio, na verdade
sem morte e sem infância
do agora

Protege os mais débeis,
não a mim,
que hoje posso ver mais além
e agradecer o meu nada