25 junho 2018

valentina colonna


A Stuart

Mi accorgo che in fondo
eri tu il solo capofamiglia.
Me ne accorgo dalla voce
che ancora mi esce quando
per scherzo invento parole
che non avresti mai dette.

Siamo troppo presi dalle nostre
vite in bilico per annusare l’aria
come facevi tu, alzando il capo
e il naso strizzarlo a cogliere
ciò che non sentiamo, che non
intravediamo. Tu vedevi
visionario oltre il balcone
e sfiorarti era calmare
lo sguardo che gli altri
dicono non hai.

In silenzio hai aspettato
l’ultimo calore del pavimento.
Poi hai atteso che chiudessi la porta
per lasciare di te un solo grumo
bianco sotto il letto.
E un’intera casa senza voce.

A Stuart

Apercebo-me que no fundo
eras tu a cabeça da família.
Apercebo-me pela voz
que ainda sai de mim quando
na brincadeira invento palavras
que nunca tinhas dito.

Estamos demasiado presos às nossas
vidas precárias para cheirar o ar
como costumavas fazer, levantando a cabeça
e apertando o teu próprio nariz para cheirar
o que nós não sentimos ou não
vemos. Tu viste,
visionário, mais além da varanda
onde te costumávamos pentear para acalmar
o olhar que os outros
dizem que não tens.

Esperaste em silêncio
o último calor do chão
Depois esperaste-me ao pé da porta
para deixares de ti apenas um branco
coágulo debaixo da cama
E uma casa inteira, sem vozes.