A Stuart
Mi accorgo che in
fondo
eri tu il solo
capofamiglia.
Me ne accorgo dalla
voce
che ancora mi esce
quando
per scherzo invento
parole
che non avresti mai
dette.
Siamo troppo presi
dalle nostre
vite in bilico per
annusare l’aria
come facevi tu,
alzando il capo
e il naso strizzarlo
a cogliere
ciò che non
sentiamo, che non
intravediamo. Tu
vedevi
visionario oltre il
balcone
e sfiorarti era
calmare
lo sguardo che gli
altri
dicono non hai.
In silenzio hai
aspettato
l’ultimo calore
del pavimento.
Poi hai atteso che
chiudessi la porta
per lasciare di te
un solo grumo
bianco sotto il
letto.
E un’intera casa
senza voce.
A Stuart
Apercebo-me que
no fundo
eras tu a cabeça
da família.
Apercebo-me pela
voz
que ainda sai de
mim quando
na brincadeira
invento palavras
que nunca tinhas
dito.
Estamos demasiado
presos às nossas
vidas precárias
para cheirar o ar
como costumavas
fazer, levantando a cabeça
e apertando o teu
próprio nariz para cheirar
o que nós não
sentimos ou não
vemos. Tu viste,
visionário, mais
além da varanda
onde te
costumávamos pentear para acalmar
o olhar que os
outros
dizem que não
tens.
Esperaste em
silêncio
o último calor
do chão
Depois
esperaste-me ao pé da porta
para deixares de
ti apenas um branco
coágulo debaixo
da cama
E uma casa
inteira, sem vozes.