01 outubro 2016

aleyda quevedo

Ventana

Todo en tu mente
es el cuerpo me dice Robert Creeley

La piel campo de batalla
los ojos un bosque extenso
y a partir del sentimiento una punzada
al corazón de cuando niña

La serpiente de la enfermedad
rasgando tus tejidos

Las costillas desdoblándose para escribir
sobre plantas e hijas bienamadas

Felicidad alcanzada por instantes
Con forma de un hombre de manos tibias
que retiene tus senos como pájaros blancos

Un río místico
ancho imantado y turbio que llega a ser etéreo
intentando salvarte a ti misma
pero regresa a tu cuerpo que es tu mente
y a partir de allí construye tu vejez en ese río.

Janela

Tudo na tua mente
é o corpo, diz-me Robert Creeley

A pele campo de batalha
os olhos um bosque extenso
e a partir do sentimento uma ferroada
no coração do tempo de criança.

A serpente da doença
rasgando os teus tecidos

As costelas desdobrando-se para escrever
sobre plantas e filhas bem-amadas

Felicidade alcançada por instantes
Em forma de um homem de mãos tíbias
que retém os teus seios como pássaros brancos

Um rio místico
inflamado magnético e turvo que chega a ser etéreo
tentando salvar-te de ti próprio
mas regressa ao teu corpo que é a tua mente
e a partir daí constrói a tua velhice nesse rio.