13 maio 2014

patricia gonzález lópez



Un perejil entre mis dientes

Recuerdo cuando era libre y no te conocía
aún no vomitabas mi cuerpo con tu presencia,
podredumbre en evolución.
A veces mi garganta,
oficina criminalística,
trata de juzgarte
pero no hay burocracia que resuelva
el sistema de tu mentira,
tu sujeto de engaño,
ni las dudas.
¿Cómo condenar a  un mediocre convencido?

Fuiste un perejil entre mis dientes
Me negué a verte y cotejar mi sonrisa
-bastaba con ver el filo de un cuchillo-.
Aunque se notara la mancha, era el amor a la fe
sino no explico mi pérdida de tiempo.

La honestidad corrió para salvarse de tu boca
¿Cómo resolver hasta dónde llega
tu discapacidad vincular?
Que no elegiste la presa, que nunca decidís
¿Qué le hace creer a un mono que no elige donde acicalarse?
Hoy renuncia el fiscal que abortó tu caso
voz del ceño que agotó la indagación
La última pregunta que hizo fue
si siempre resultó tan difícil curarse de una peste.


Uma salsa entre os dentes

Lembro-me de estar livre, de não te conhecer
ainda a tua presença não vomitava o meu corpo
podridão em processo.
Às vezes a minha garganta,
oficina criminal,
defere o teu julgamento
mas não há burocracia que resolva
o sistema da tua mentira,
o teu sujeito de engano,
ou as dúvidas.
Como condenar um medíocre convencido?

Foste uma salsa entre os meus dentes
Neguei-me a ver-te e a cotejar o meu sorriso
-bastava ver o gume de uma navalha-.
Embora se notasse a mancha, era o amor à fé
o que explicava a minha perda de tempo.

A honestidade correu para se salvar da tua boca
Como decidir até onde chega
a tua incapacidade vincular?
Que não escolheste a presa, que nunca decidiste
Em que acreditará um macaco que não escolhe onde se embonecar?
Hoje demite-se o inspetor que abortou o teu caso
voz do cenho que esgotou a indagação
A última pergunta que inscreveu questionava
se foi sempre tão difícil livrar-se de uma peste.